Saúde

Anualmente em cada uma das nossas áreas de atuação, desenvolvemos iniciativas temáticas, visando uma intervenção direta sobre as problemáticas envolvidas.

Assim, em 2016, é essencial uma abordagem intensiva às Doenças Sexualmente Transmissíveis, pela necessidade contínua de prevenção nas comunidades jovens do nosso País.

As IST, ou infeções sexualmente transmissíveis, são infeções contagiosas cuja forma mais frequente de transmissão é através das relações sexuais (sobretudo vaginais, orais ou anais).

A prática de sexo mais seguro é a melhor maneira de prevenir a infeção.

Doenças Sexualmente Transmissíveis

As IST mais conhecidas são:

Vias de transmissão

As principais vias de transmissão de IST são:

  • as relações sexuais vaginais, não protegidas, entre mulher e homem; ou seja, quando o pénis é introduzido na vagina sem preservativo (interno ou externo);
  • as relações sexuais anais, não protegidas, entre mulher e homem ou entre homem e homem. Ou seja, quando o pénis é introduzido no ânus sem a protecção de um preservativo;
  • e, para algumas infecções, as relações sexuais orais; ou seja, quando a vagina, o clitóris ou o pénis estão em contacto directo com a boca do parceiro/a, sem uma barreira protectora (como uma folha de látex ou plástico impermeável, por exemplo);
  • o risco de transmissão está também relacionado com determinadas práticas ou comportamentos, como por exemplo a partilha de brinquedos sexuais; para evitar a transmissão, devem usar-se dams (pequenos lenços de latex) durante o sexo oral/vaginal, luvas de latex e lubrificantes à base de água durante o toque ou a penetração no ânus ou vagina, utilizar preservativos e lubrificantes nas situações de partilha de vibradores, etc.

É fundamental encontrar profissionais de saúde com os quais se sinta confortável para conversar e que possam assegurar o acompanhamento.

Sempre que se inicia uma nova relação sexual é importante falar com a parceira sobre as relações anteriores, de modo a prevenir os riscos de contrair uma IST.

De acrescentar que, quando não estão em contacto com o corpo, a maior parte dos agentes infecciosos responsáveis pelas IST morre rapidamente.

Sinais e sintomas

Alguns sinais podem traduzir-se na existência de uma IST:

  • corrimento vaginal anormal, frequentemente com mau cheiro ou corrimento uretral;
  • presença de vermelhidão, manchas brancas, bolhas, verrugas ou vesículas nos órgãos genitais ou à sua volta, no ânus, ou na boca;
  • alteração de textura e/ou de cor nas unhas e/ou na pele ao seu redor;
  • dor ou sensação de queimadura ao urinar;
  • dores difusas no baixo ventre;
  • sensação de dor ou queimadura aquando das relações sexuais;
  • febre.

Certas infecções provocam sintomas apenas no homem outras somente na mulher e, por vezes, pode existir infecção sem qualquer tipo de sintoma.

Em certos casos, as consequências de uma IST não tratada manifestam-se mais tarde sem que, entretanto, se tenha detectado qualquer sinal anormal.

O tratamento das IST deve ser sempre feito aos parceiros envolvidos na relação sexual, mesmo que não haja nenhum sintoma. Desta forma, evitam-se complicações graves como é o caso da infertilidade.

É essencial para a saúde que as pessoas conversem com os seus parceiros sobre se têm ardores, dores ou incómodos na zona genital e que consultem um médico ou um centro de aconselhamento em planeamento familiar com a maior brevidade possível. Indo à consulta, rapidamente se faz o diagnóstico e se inicia o tratamento.

Prevenção e deteção precoce

  • A melhor estratégia para prevenir o aparecimento de uma IST é a prática de sexo MAIS seguro;
  • O preservativo é o método mais eficaz para evitar uma IST;
  • É fundamental estar consciente dos riscos, sobretudo quando se desconhece o comportamento e o estado clínico das/os parceiras/os sexuais; um maior número de parceiras/os não se traduz necessariamente em maior risco, desde que todas as pessoas adoptem comportamentos de minimização do risco;
  • Logo que se sintam incómodos ou se detectem lesões na zona genital, deve consultar-se um médico;
  • Quando se diagnostica uma IST, devem informar-se as pessoas com quem se teve sexo nos últimos tempos; dependendo da IST e de outros factores, “últimos tempos” pode significar nas últimas semanas, nos últimos meses, ou nos últimos anos;
  • Os exames periódicos são essenciais para despiste das IST, uma vez que os sintomas são muito difíceis de detectar;
  • A prevenção e a detecção precoce são a melhor maneira de evitar complicações de saúde mais graves;
  • Esteja atento/a aos sinais…